quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Cadê?

Ando com saudades das minhas palavras, dos meus devaneios.
Os caminhos por onde ando estão tão marcados, tão direcionados, tão objetivos, tão utilitários e tão ligeiros que nem me perco.
Não me perco nos caminhos, mas não me acho. Sigo longe de mim.
Na rota da rotina, ando com saudades.


quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Eu sei. Eu vi.
Hoje entendi aquilo que eu já sabia, mas não queria saber, ou talvez não quisesse entender.
A "possibilidade de" sempre espetou a alma. Mas a certeza de agora dilacera.
Mas deixa doer. Deixa eu chorar. Deixa eu sangrar.
É. No fundo, eu sempre tenho razão. Devia acreditar mais no que minha intuição diz (mas nem por isso eu sofreria menos).

quarta-feira, 26 de setembro de 2012


É tão bom acordar e saber que você existe!
Meus dias são mais lindos porque você está neles.
(...acho que te amo...)

domingo, 16 de setembro de 2012

de pensar na vida

by deviantArt

... sim, e a vida, ela  é uma colcha de retalhos.
ou, dizendo de outro modo, a vida não é uma longa história... mas um conjunto de contos cada um do seu jeito, com suas singularidades e a mesma completude incompleta, ou completa incompletude...

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Entreaberto...

by deviantArt
Uma alegria tímida em meio a uma tristeza doce por deixar o calor adentrar lentamente em meu peito. Mas derreter o gelo de anos dá medo e dói. A mudança de estado assusta. As águas em ebulição queimam. Afogo-me nelas. Deixo-me escaldar em sua fervura. Cedo calmamente fazendo-me fumaça aqui dentro. E encontro a mim mesma na solidão de ser e de sentir. E aprendo que a coragem de ser é necessária para existir.

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Indiferença


Indiferença é quando os minutos não se interessam por nada especialmente.
(de Adriana Falcão, Mania de Explicação)

terça-feira, 12 de junho de 2012

Só love



...se me amas, ama-me baixinho... mas todas as cartas de amor são ridículas... e o amor é grande e cabe no breve espaço de beijar... e vamos juntar as rosas da vida na rama verde e florida, na verde rama do amor?

(com a mãozinha de 3 poetas que gosto muito e um que amo)

sábado, 26 de maio de 2012

?!?!?!

E a Cristina, ela só sabia o que ela não queria.
Acho que me sinto como ela.
Eu não sei o que quero, mas o que eu não quero, isso eu bem sei.
Confuso? Engraçado?
Meio louco, não?!
Eu hein...


sábado, 21 de abril de 2012

de ser...



Escrevo para viver. Escrevo para ser. Escrevo, logo existo.
Nas palavras, eu sou. Porque sou palavra. Sou verbo, substantivo, adjetivo. Sou sujeito, predicado, objetos e complementos.
Escrevo por que sou o dito e o nao dito; o que fala e o que cala; linhas e entrelinhas.
Sou o fluxo e a pausa. Sou ponto, sou virgula e muitas reticencias...







quarta-feira, 18 de abril de 2012

dos livros...

Aprendi com Machado de Assis que felicidade e casamento são questões de decisão... 
E aprendi com Adriana Falcão que certeza é quando a ideia cansa de procurar e para...



domingo, 8 de abril de 2012

De Pathos


E eu que sempre quis ter o controle de tudo, do timão e do leme do meu barco, das coordenadas e dos ventos, não aprendi a padecer.
Não aprendi o sofrer e o gozar do sujeito assujeitado, da alma que levemente sucumbe e se deixar levar na correnteza do que passa, do que se passa (e então, e só então, algo lhe passa).
Acho que meu sujeito é moderno... Mas os tempos mudaram... E esse sujeito anacrônico nada tem de contemporâneo...

Amor, se eu fechar os olhos e lhe der a mão, você me ensina?



quarta-feira, 14 de março de 2012

Salve Castro Alves!

Para comemorar o Dia Nacional da Poesia (14/03), compatilho um poema de Castro Alves, patrono desta data e cujo aniversário natalício se celebra hoje.
Há 165 anos, a Bahia viu nascer o menino Cecéu, que mais tarde se tornaria poeta dos escravos, cantor da liberdade e amante das mulheres - na cama e em versos.
Suas obras estão disponíveis no Portal Domínio Público (clique aqui). Vale a pena (e muito!) conferir! Eu amo o prólogo de Espumas Flutuantes, obra que abriga o poema abaixo.


A duas flores

São duas flores unidas,
São duas rosas nascidas
Talvez no mesmo arrebol,
Vivendo no mesmo galho,
Da mesma gota de orvalho,
Do mesmo raio de sol.

Unidas, bem como as penas
Das duas asas pequenas
De um passarinho do céu...
Como um casal de rolinhas,
Como a tribo de andorinhas
Da tarde no frouxo véu.

Unidas, bem como os prantos,
Que em parelha descem tantos
Das profundezas do olhar...
Como o suspiro e o desgosto,
Como as covinhas do rosto,
Como as estrelas do mar.

Unidas... Ai quem pudera
Numa eterna primavera
Viver, qual vive esta flor.
Juntar as rosas da vida
Na rama verde e florida,
Na verde rama do amor!


quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Detesto os críticos!

Detesto os críticos literários. Eles dissecam histórias e as transformam em correntes, escolas, querem lhe dizer como você deve ler e o que você deve entender.

Detesto os críticos cinematográficos. Eles transformam a beleza de um filme em uma lista de direções (arte, fotografia, som), enchem a ficção de realidade e acabam com toda a graça da brincadeira.

Na verdade, nem todos os críticos são detestáveis, só alguns. Entretanto, escrever “detesto alguns críticos literários” tira toda a força do argumento (concorda?). Então, sem me preocupar com as exceções, vou dizer que detesto os críticos, por puro efeito estilístico. Além do mais, estou na TPM!! O problema não são as exceções, o problema é a regra...


quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Alívio


Só há vontade de nada.
Só há o desejo de sucumbir no nada.
Afundar no silêncio. E perder-se no vazio...
Sucumbir, afundar e perder-se... tão fundo, tão distante e tão pesadamente estar no nada, ser nada... e enfim encontrar o alívio de nem exisitir...


sábado, 11 de fevereiro de 2012

Fuga nº 2

... você foi uma das melhores experiências que tive na vida... estar com você foi tão bom que só de lembrar chega dói... e fico procurando seu rosto em outras faces, seu gosto em outras bocas, seu cheiro em outros lençóis...
... foi tão bom que eu fugi... de você? não... de mim mesma... (e ainda fujo)

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

...



... acho que quem nunca viu o mar não sabe o significado da palavra horizonte... e quem nunca olhou o céu não conhece o infinito...

 

sábado, 7 de janeiro de 2012

Infinitos gerúndios


Estou cansada de criar, mas sou obrigada a continuar criando.
Estou cansada de pensar, mas sou obrigada a continuar pensando.
Estou cansada de produzir, mas sou obrigada a continuar produzindo.
Estou cansada de obrigações, mas sou obrigada a continuar me obrigando.