terça-feira, 18 de novembro de 2008

Tic-tac


Tempo-tic, tempo-tac
Tempo, tempo, tic-tac

A flor se abriu, a menina levou.
O fruto caiu, a planta murchou.

O sol surgiu, e o horizonte tragou.
A noite subiu, e a lua assentou.

Tempo-tic, tempo-tac
Tempo, tempo, tic-tac

Do fogo de outrora, a brasa ficou.
A cinza de agora, o vento levou.

Adiante chora, aqui cantou.
O pranto foi embora, o riso voltou.

Tempo-tic, tempo-tac
Tempo, tempo, tic-tac

Na ida neném, na volta criança.
Hoje alguém, amanhã lembrança.

O que era já foi, o que é já vai indo.
O que virá será já, logo vem seguindo.

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Misterioso cavaleiro


Meu misterioso cavaleiro
Em teu cavalgar errante
Levai-me contigo, no lombo
Do teu cavalo Rocinante

Recostada em teu peito, seguirei
A vibrar com cada intento
E com alegria, beijar-te-ei ao vê-lo
Derrotar os moinhos de vento

As gotas da aurora virão nos despertar
O matiz vermelho do horizonte
Pintará os labirintos do nosso caminhar

E após cada aventura e desatino
Ao fim e ao cabo de todo dia vivido
O leito de amar será nosso destino