Tempo-tic, tempo-tac
Tempo, tempo, tic-tac
A flor se abriu, a menina levou.
O fruto caiu, a planta murchou.
O sol surgiu, e o horizonte tragou.
A noite subiu, e a lua assentou.
Tempo-tic, tempo-tac
Tempo, tempo, tic-tac
Do fogo de outrora, a brasa ficou.
A cinza de agora, o vento levou.
Adiante chora, aqui cantou.
O pranto foi embora, o riso voltou.
Tempo-tic, tempo-tac
Tempo, tempo, tic-tac
Na ida neném, na volta criança.
Hoje alguém, amanhã lembrança.
O que era já foi, o que é já vai indo.
3 comentários:
Muito engraçadinho esse poema. Sempre bom passar por aqui beijos
Bem lindinho, assim o tempo não assusta :)
Bjs
Se sabemos jogar com as palavras, para que precisamos de odes enormes que muitas vezes nada dizem? Aprendi que, muitas vezes, o vazio enigmático vale mais que o detalhamento analítico sem graça...
Belíssimo poema, adorei o jogo de palavras entre tempo, vida e evolução. Maravilhoso! És mesmo uma grande escritora e poeta. E o que vira logo, já seguindo?
Beijos.
Raimundo Poeta
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