sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Cacos de tempo


Estilhaços pontiagudos,
Engrenagens desengrenadas,
Frações esparramadas.

O laço frouxo se desfez.
O tempo deslizou.
Beijou o chão.
Desnudou-me.

Ponteiros não apontam.
Pontas soltas,
Sem eixo, sem nexo.

E já não há...
Não há compasso,
Não há sem passo:
Aqui o tempo não passa, jaz.

Um comentário:

Mônica Paz disse...

Essas questões de tempo e de espaço são de dar um nó na cabeça. Ainda queria escrever sobre o dia que vi o tempo parar de correr e passar mais calmamente. Mas o tempo em cacos... hum...