Os três amores
I
Minh’alma é como a fronte sonhadora
Do louco bardo, que Ferrara chora...
Sou Tasso!... a primavera de teus risos
De minha vida as solidões enflora...
Longe de ti eu bebo os teus perfumes,
Sigo na terra de teu passo os lumes...
— Tu és Eleonora...
II
Meu coração desmaia pensativo,
Cismando em tua rosa predileta.
Sou teu pálido amante vaporoso,
Sou teu Romeu... teu lânguido poeta!...
Sonho-te às vezes virgem... seminua...
Roubo-te um casto beijo à luz da lua...
- E tu és Julieta...
III
Na volúpia das noites andaluzas
O sangue ardente em minhas veias rola...
Sou D. Juan!... Donzelas amorosas,
Vós conheceis-me os trenos na viola!
Sobre o leito do amor teu seio brilha
Eu morro, se desfaço-te a mantilha
Tu és — Júlia, a Espanhola!...
sexta-feira, 24 de abril de 2009
quinta-feira, 9 de abril de 2009
Na bagunça dos arquivos...
Arrumando as minhas pastas/arquivos no computador (ou tentando arrumar, rs), encontrei um poeminha de um tempo em que já fui mais romântica...
Amo-te
Amo-te
Amo-te, em silêncio.
No cuidado velado,
No carinho delicado,
No verso dedicado.
Amo-te, sempre.
No som do vento a assobiar,
Nas noites sem luar,
Ao ver o sol beijar o mar.
Amo-te, bem baixinho.
No bilhete não enviado,
No olhar envergonhado,
No sorriso acanhado.
Amo-te, do meu jeito.
No caminhar errante,
Na dor dilacerante,
Na alegria de um instante.
Amo-te, por inteiro.
No beijo não dado,
No abraço adiado,
No afago desejado.
Amo-te, em segredo.
Na alegria por te ver,
Na dor de não te ter,
Na insistência em te querer.
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